Historia
CFB-EP – História
O Caminho de Ferro de Benguela (CFB)
É uma das infraestruturas mais emblemáticas de Angola e do continente africano. A sua importância histórica, económica e geopolítica ultrapassa as fronteiras nacionais, sendo considerado um eixo estratégico de integração regional.
📜 História e Contexto
O CFB começou a ser construído em 1902, durante o período colonial português, com o objetivo de criar uma ligação entre o porto do Lobito, no litoral atlântico angolano, e o interior do continente africano, chegando à fronteira com a atual República Democrática do Congo (RDC) e à Zâmbia. O principal propósito era facilitar a exportação de minérios (especialmente cobre) da região do Cinturão de Cobre da RDC e da Zâmbia para os mercados internacionais via o porto do Lobito.
A construção foi concluída em 1929, e o CFB passou a ser um dos mais extensos caminhos de ferro do mundo, com cerca de 1.344 km de extensão, ligando Lobito a Luau, na fronteira leste com a RDC.
Timeline – Caminho de Ferro de Benguela (CFB)
Retomada do projeto
Governo português decide retomar a construção da ferrovia para explorar o interior de Angola e as riquezas minerais do Congo Belga.
Concessão oficial
Robert Williams obtém de Portugal uma concessão de 99 anos para construir a ferrovia ligando o Porto do Lobito à fronteira com o Katanga.
Início da construção da linha
Começam oficialmente as obras de construção do Caminho de Ferro de Benguela.
Conclusão da linha férrea
Finalização da construção da linha com 1.344 km de extensão.
Primeiro transporte de cobre
Chega ao Porto do Lobito o primeiro carregamento de cobre vindo do Katanga, marcando o início das operações comerciais.
Períodos de conflito
A operação do CFB é afetada por conflitos políticos e guerras civis em Angola.
Reconstrução e modernização
A reconstrução do Caminho de Ferro de Benguela (CFB) teve início oficialmente em março de 2006, como parte de um acordo entre o governo de Angola e a empresa chinesa China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20).
O projeto fez parte do programa nacional de reconstrução pós-guerra e foi financiado com apoio de crédito da China. A reconstrução visava restaurar os 1.344 km da linha férrea entre o Porto do Lobito e Luau, na fronteira com a República Democrática do Congo.